sexta-feira, 15 de abril de 2011

IBGE inaugura novas estações de posicionamento por satélite

O IBGE, em cooperação com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), inaugurou no dia 05/04/2011, mais 5 estações da RBMC - Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo dos Sistemas GNSS (Sistemas de Navegação Global por Satélites, como o norte-americano GPS – Sistema de Posicionamento Global, e o russo GLONASS). As estações localizam-se em Canarana/MT (MTCN), Juína/MT (MTJU), Sorriso/MT (MTSR), Teresina/PI (PITR) e Vila Bela da Santíssima Trindade/MT (MTVB). Além disso, a estação de Maringá/PR (PRMA), em operação desde dezembro de 2008 para armazenamento de informações, também passa a oferecer dados para localização em tempo real pela internet, através do serviço RBMC-IP. A RBMC é o elo direto entre o Sistema Geodésico Brasileiro (SGB) e redes internacionais similares. Com a crescente utilização das técnicas de posicionamento baseadas nos GNSS, seu papel é cada vez mais relevante na definição da ocupação do solo.

A RBMC é a estrutura de referência tridimensional (latitude, longitude e altitude elipsoidal, esta última referente ao modelo geométrico que representa a forma da Terra) mais precisa do país, podendo fornecer a qualquer usuário localizações com precisão de milímetros. Pode ser utilizada tanto para apoiar o projeto, construção e monitoramento de grandes obras de engenharia, como estradas, pontes e barragens, quanto na demarcação de terras indígenas, quilombolas, de proteção ambiental, entre outras, além de auxiliar no monitoramento de veículos. Isso se dá pela coleta diária de informações que permitem o cálculo das coordenadas (latitude, longitude e altitude elipsoidal) de diversos pontos do território nacional. No caso de terremotos, como os ocorridos no ano passado no Chile e no dia 11 de março deste ano no Japão, por exemplo, foi possível detectar deslocamentos de até 3 metros através de estações similares espalhadas nestes países e seus vizinhos.


Com o início de sua implantação em dezembro de 1996, a RBMC foi a primeira rede deste tipo a ser instalada na América do Sul e atualmente conta com 85 estações em operação, 6 em fase de conclusão de instalação e testes (Benjamin Constant/AM, Novo Progresso/PA, Parintins/AM, Quixeramobim/CE, São Carlos/SP e Santarém/PA) e duas em fase de projeto e instalação (Barcelos/AM e Coari/AM). As estações recepcionam os sinais de satélites artificiais com alta precisão, ajudando, através da interconexão com redes de outros países e continentes, a melhorar o sistema como um todo


Os dados e relatórios de todas as estações podem ser acessados, mediante cadastro, no portal do IBGE, através do link www.ibge.gov.br/home/geociencias/download/tela_inicial.php?tipo=8; e também no servidor de FTP, cujo endereço é ftp://geoftp.ibge.gov.br/RBMC/. Estes dados são organizados em arquivos de observações diárias, sempre referentes ao dia imediatamente anterior.
Para aqueles que tiverem dificuldades para baixar os dados, segue o link de um Post com o passo a passo: Baixando Dados da Rede Brasileira de Monitoramento Contínuo(RBMC) 

Obrigado.




sexta-feira, 1 de abril de 2011

SRTM

Boa Noite a todos...bom pessoal hoje falarei sobre um produto que me chamou a atenção durante o meu Curso Técnico onde tive meu primeiro contato com este. Desde essa época tenho buscado metodologias para que possa inserir este produto aos serviços topográficos. Hoje porém me restrinjo a lhes apresentar os dados SRTM...
  
Com o avanço técnologico aumentaram consideravelmente a disponibilidade de dados e produtos cartográficos a preços bem acessíveis ou até mesmo gratuitos. Um exemplo destes produtos são as imagens SRTM(Shuttle Radar Topography Mission), resultantes da missão da NASA para obter o Modelo Digital do Terreno de grande parte do Globo em Fevereiro de 2000. Essas imagens são distribuídas gratuitamente aqui no Brasil pela Embrapa, que foi a responsavél por realizar as correções nescessárias das imagens do nosso País.

Para o Brasil estas imagens possuem resolução espacial de 90 Metros e acurácia de 20 Metros para planimetria e 16 Metros para altimetria. Existem estudos e teses demonstrando alguns procedimentos para melhoria dessa acuracia porém não me arrisco a aprofundar nestes estudos neste Post. Este produto ja é bem conhecido por aqueles que trabalham com geotécnologias porém ainda é pouco conhecido e utilizado pelos Agrimensores, até mesmo pela escala e precisão que os trabalhos comumente executados por estes exigem, porém eu imagino que estes dados possam ser utilizados para determinados tipos de serviço onde não seja necessário alta precisão desses dados, embora confesse que por hora me falte conhecimento sobre as possiveis correções destes dados. Inclusive recentemente verifiquei em outro forúm pela internet "profissionais" oferecendo os dados obtidos a partir desta missão "para topógrafos", porém quando lhe questionei sobre qual procedimento para correção destes dados não obtive respostas...até o momento!

Fiz este comentário apenas para chamar a atenção para o possível uso indiscriminado destes dados. Certo é que usando alguns GIS é possível extrair vários produtos úteis aos Agrimensores tais como: Curvas de Nível de grandes áreas, Perfis Topográficos, MDE entre outros. Porém cabe ao profissional proceder os ajustes necessário afim de melhorar a acurácia destes dados...se for o caso. Assim que possível postarei alguns destes procedimentos para extração de informações uteis através destas imagens.
Aqueles que tiverem maiores informações sobre possíveis tratamentos a esses dados fiquem a vontade para postar comentários ou me enviar e-mail.

Obrigado.